quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


Devaneio de quinta















Quero licença pra pensar
Aquela beca preta
me arranca conversas frias
e congela meus neurônios
Permita-me
Juro que não atearei fogo na sala
Apenas me deixe sair...
Quero licença pra sonhar
E, ao acordar, decidir se o amor é possível
Quero licença pra tentar
medir o raio das circunferências
O tamanho do meu mundo
Quero  licença pra sorrir
                           Pra chorar
                           Pra sentir
Quero licença pra dormir até mais tarde
Pra existir na hora que eu quiser existir
Quero existir na noite
Não ter casa pra voltar
Habitar os lados quentes do mundo
Não...
Quero dormir na noite
Acordar com o dia
Quero minha sala fria
E um telhado a me esperar
Queria mesmo era não querer nada
Não quero mais portas abertas
Prefiro lançar dados
Quero não ter que escolher, nem decidir, nem descobrir
Nem medir...
Mais nada
Me deixa quieta
Quero a luz apagada
Nenhuma vela acesa pra santo
Nenhuma fresta de sol na janela
Quero só a certeza da tua mão
Não, não quero não...
Tô perdida  na cegueira
Nessa venda que eu mesma pus
Nem  ouse...
Não quero ajuda pra tirá-la
Só licença pra pensar
Me dá licença?!

-Dinozes-

domingo, 23 de dezembro de 2012

Travessura



          Foto: por Cláudio Castanheira
         Jacarepaguá, Rio de Janeiro-RJ
               dezembro de 2011

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012