terça-feira, 30 de abril de 2013

Por hoje...


Versos por vir

Não virará a página
Sem apagar versos antigos
O novo sol não abre
Sem por os pontos
Nos versos inacabados
Da lua de ontem
Deixará tudo lá
Bem guardado e pontuado
Naquele ontem
Que já não volta
Naquele ontem que deus me livre


Por hoje...


Abstinência poética

Desde a aterrissagem
Na terra da luz
Que não escrevo versos de paz
A cidade brilha um brilho verde
É tudo mar e fé
Intensa luta entre corpo e mente
Pra ficar de pé
Palavras ofuscadas pelo tempo
Sentimentos ofuscados pelo dezembro
Vida ofuscada pelo vento
Apaguem as luzes, por gentileza
Pra que a beleza daquele sorriso
Permita-se pulsar o mesmo brilho
Daquele ontem mais que breve
Enquanto isso
Só reticências

                                                                     Foto: Praia do Futuro, Fortaleza, CE.


domingo, 28 de abril de 2013

sábado, 27 de abril de 2013

São só rabiscos...

          Qual a profundidade . .
        do mergulho,                   .     
        quando                              .
  se fecham                                 .
  os olhos?                                   .


domingo, 21 de abril de 2013

Por hoje...


Eles

Dedos me apontam
Dedos me chamam
Um dia me dizem sim
Noutro dizem não
De um lado me tocam
De outro apertam
Pode vir!
Chama, cutuca,
pressiona, belisca, arranca!
Na cara não!
Olha o dedinho aqui ó!
Dedos me escrevem
Me pintam , me amam
Dedos me dizem adeus
Me apresentam, me despedem
Ora apontam  estrelas
Ora juntos fazem prece
Já chega!
Fora daqui!
Vem cá!
Olha aqui meu caro!
Retire-se, por favor!
Hum, hum!
Dedos me escrevem palavras ao vento
Me tremem, me suam
Dedos nervosos não sabem o que fazer com os dedos
Vestem-se de vermelho e passeiam confiantes
De súbito, dedos frágeis...
Ao primeiro vento forte, despem-se e voltam para casa roídos
Dedos que plantam e colhem
Me leem, me criam!

São só rabiscos...


Deve ser o vento



















                     Quando a ideia faz doer














                                                                                                                                       

Quando a ideia faz voar


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Por hoje...


Sob a luz

Do amor e da flor
Da flor e da dor
Cantam os poetas
Eles que inventam tudo
Que improvisam luas
Que aproveitam o impulso dos ventos
E da mais efêmera dor
Constroem versos
Para o sempre  que virá
Enquanto houver  lua
Acordos serão velados
E da pele pra dentro
Lágrimas quentes
Nascidas de espíritos febris
Inundarão canções noturnas
E da pele pra fora
Labora a caneta
Sobre o tudo e sobre o nada
Mesmo que os espinhos mais delirantes
Firam os mais frágeis amores
Desde que haja (amores)
Enquanto há lua
Da pele pra dentro
Brotam versos
Da pele pra dentro
Correm sangue e fé

-Dnz_
                                                                                                                                                      Foto: Niterói-RJ,2012

quarta-feira, 17 de abril de 2013